sábado, 1 de setembro de 2012

Supercampeões


Supertaça Espanhola. Não faço segredo do facto de ser madridista. Porém, sei admitir quando o Barcelona supera o Real Madrid. Felizmente, desta vez não foi o caso. E Ronaldo fez mais uma exibição de encher o olho, com um dos golos da sua vida - mas o grande destaque foi mesmo Pepe, num regresso que com ele, o Real é uma equipa completamente diferente.

Barcelona:

  • Baliza: Valdés fez grandes defesas, mas fica com culpas no golo de Ronaldo.
  • Defesa: Piqué e Mascherano foram um desastre, com falhas impróprias de profissionais, quanto mais de centrais de uma das duas melhores equipas do mundo. Jordi Alba mostrou ser o que sempre pensei dele: fraquinho. Adriano não é equiparável a Dani Alves e ainda por cima, fez-se expulsar com um erro estúpido; embora o polémico titular da canarinha me irrite sobremaneira (talvez o jogador que mais detesto no mundo do futebol), é sem dúvida um dos melhores laterais-direitos do mundo quando em forma; o outro nem perto chega.
  • Meio-Campo: Apenas Iniesta se mostrou à altura do desafio. De resto, desde Xavi (desaparecido) a Busquets (jogo horrível do pêndulo do Barça, notou-se bem no jogo catalão), a medular culé esteve uma desgraça.
  • Ataque: Messi marcou um golaço de falta, mas a marcação dos homens de Mourinho foi cerrada e perfeita, impedindo que criasse perigo em jogada corrida (só em bola parada é que provocou calafrios) e fazendo-o passar completamente ao lado do jogo (teve de ir buscar o jogo muito atrás, não sendo capaz de desenvolver jogadas de ataque com cabeça, tronco e membros; só empolou a grandíssima exibição de Pepe). Alexis pareceu mais preocupado em atirar-se para a piscina do que jogar e Pedro não conseguiu superar Casillas nas várias oportunidades que teve.
Real Madrid:
  • Baliza: Casillas fez grandes defesas, mas atirou-se muito tarde no golo do Barça, além de ter feito mal a barreira; como sempre, fraco nas saídas aos cruzamentos em jogadas de bola parada.
  • Defesa: Os merengues, com Pepe, são uma equipa infinitamente superior ao que são sem ele; a pressão é muito mais alta, havendo a coragem de defender a quarenta (!) metros da baliza. Sergio Ramos faz com o central luso a melhor parelha de centrais do mundo e os dois juntos são um muro. Marcelo é o melhor lateral-esquerdo do mundo e o Real com ele joga com uma alegria muito maior. Arbeloa é o elo mais fraco da equipa, mas quando esta joga como neste jogo, nem se dá pela debilidade do lateral destro. Jogo impecável de toda a defesa blanca, que logrou apenas sofrer um golo numa situação imprevisível e inevitável.
  • Meio-Campo: Xabi Alonso é um dos pêndulos da equipa e sem ele o RM não joga da mesma maneira; mais um jogo impecável do espanhol, que não sabe jogar mal. Khedira fez um jogo espantoso, sendo a mesma vassoura defensiva de sempre (essencial no esquema madridista) e arriscando-se em maravilhosas jogadas ofensivas que quase davam golo e obrigaram Valdés a defesas bem complicadas. Özil é um jogador de classe mundial, mas o que lhe sobra em talento falta-lhe em físico e sangue quente; aqui notou-se isso e, embora o alemão tenha começado excepcionalmente bem, foi perdendo chama ao longo do tempo. Nota ainda para as excelentes indicações de Luka Modric, o craque croata que acabou de aterrar em Madrid.
  • Ataque: Di María, uma unidade que costuma desequilibrar, foi desta vez o elemento mais flojo, não tendo sido visto tanto em jogo. Higuaín marcou um bom golo, mas falhou mais quatro ou cinco, não se podendo considerar a actuação do argentino positiva, já que os seus falhanços clamorosos fizeram o Real sofrer na segunda parte. Já Ronaldo é a máquina que já se sabe e El Bicho fez um golaço (aquele calcanhar foi pura poesia) e trabalhou imenso para a equipa, sendo mais uma vez decisivo para um título do Real Madrid de Mourinho (Taça do Rei, Liga e Supertaça foram ganhas graças a tentos dele contra o Barça); CR7 a provar que sim, aparece nos jogos grandes - e em grande estilo.
Homens do Jogo: Pepe e Cristiano Ronaldo


Sem comentários:

Enviar um comentário