sábado, 21 de janeiro de 2012

Taças Tugas




FC Porto - Estoril. Num jogo bem disputado e em que o Porto dispôs de inúmeras oportunidades mas concretizou apenas uma. Bolas aos postes, para as couves ou defendidas de forma incrível pelo guarda-redes adversário, a vantagem acaba por ser magra, tendo em conta o caudal ofensivo dos dragões.

Contra o Vitória de Guimarães, há que marcar, finalizar com maior acerto, ou os azuis-e-brancos poderão estar em maus-lençóis. Ainda assim, foi um jogo interessante de se ver. Kléber voltou a demonstrar inépcia, Varela é o reforço de Inverno e James continua a ser o melhor de um grupo órfão de Hulk, juntamente com o herói de ontem, o Palito Álvaro Pereira.

Bracali: é substituto à altura de Helton;
Maicon: continua a ser aposta segura mas insuficiente para altos voos; Danilo ainda não jogou; 
Otamendi volta a impor-se,
Mangala: tem de recuperar a forma física;
Álvaro Pereiralembram-se do anúncio das pilhas Duracel? Este rapaz é assim: corre, corre, corre... e volta a ser o GRANDE Álvaro Pereira, o herói da banda esquerda, o motor da glória portista.
Souza: agradou-me muito, até deu uma perninha no ataque (para o qual tem talento, diga-se);
Moutinho: esteve bem sem estar brilhante;
Defour: esteve bastante ausente; 
Varela: ressuscitou, mas tem ainda um longo caminho a percorrer;
Kléber: esteve em campo?
James: saiu na altura em que era o grande dinamizador do ataque e quase marcava;

Cristian Rodríguez: é habilidoso, mas falta-lhe cabeça; ainda assim, abanou o jogo;
Belluschi: começa a irritar, tem pés e cabeça para muito mais;
Iturbe: o jogo correu-lhe bem e animou os adeptos com duas acções, uma de garra e a outra de talento.



Benfica - Santa Clara. Jogo algo aborrecido, com poucas ocasiões criadas, mas no qual as águias foram justas vencedoras. O grande destaque foi a estreia do jovem Nélson Oliveira no que toca aos golos, baptismo merecido pelo jogo que fez. Num desafio em que a maioria dos titulares revelaram inépcia para chegar à vitória, as substituições efectuadas revelaram-se decisivas.

O Benfica apresentou um onze recheado de suplentes, mas estes revelaram-se incapaz de superar o Santa Clara, presenteando-nos um jogo rico em péssimas recepções de bola, passes falhados e oportunidades desperdiçadas. O único da linha atacante que se salvou foi mesmo Nélson Oliveira, sempre o mais activo e inconformado, com passes de morte desaproveitados pelos colegas. Nolito foi ser o grande destaque pela forma como revolucionou o jogo.

Eduardo: jogo sem grande trabalho, ainda assim decisivo quando chamado a socorrer a equipa.
André Almeida: o talento está lá, precisa apenas de mais jogos e confiança.
Miguel Vítor: espanta-me que não ultrapasse Jardel nas escolhas de JJ, para mim seria o 3.º central.
Jardel: jogador fraquinho que se vai mantendo vivo nas opções do treinador; não comprometeu.
Capdevilla: jogo muito positivo; com a confiança do treinador, seria claramente primeira opção.
Javi García: um muro intransponível, grande jogador!
Gaitán: precisa de confiança e de ser mimado para voltar a ser o grande jogador que é;
Bruno César: jogou a 10, mas revelou enorme deficiência em inúmeros aspectos do jogo;
Matic: jogou numa das alas e convenceu, provando a sua polivalência e óbvio talento; saiu esgotado;
Saviola: tem de jogar mais, foi uma sombra de si mesmo - este não é Saviola, o craque;
Nélson Oliveira: mereceu o golo, pois foi o melhor em campo até à entrada de Nolito; talento enorme!

Witsel: marcou um golo e foi o médio que Bruno César não foi (mesmo tendo substituído Matic);
Rodrigo: entrou por Gaitán, uma nódoa, e ajudou a dinamizar o jogo;
Nolito: fez em 20 minutos o que Saviola não tinha feito em quase 70; foi claramente o melhor em campo, dando uma volta de 180º ao jogo e empurrando a equipa para a vitória; BRILHANTE.





Real Madrid - FC Barcelona. Ronaldo ganhou a Messi, Guardiola bateu Mourinho. No final, quem sorriu foram os catalães, que levam uma importante vantagem para a segunda volta, no Camp Nou. O técnico português pôs o autocarro e apresentou algumas surpresas. O treinador azulgrana manteve-se fiel a si mesmo. 

Carvalho cumpriu, provando mais uma vez ser um dos melhores centrais do Mundo. Pepe comprometeu, e de que maneira. Coentrão fez um bom jogo. Ronaldo foi o melhor jogador blanco, juntamente com Casillas. Destaque para a forma como o CR7 calou os críticos com um bom golo. Veremos se os merengues conseguem surpreender o Mundo com uma vitória no terreno do Barça, embora isso seja altamente improvável. Vamos acreditar que pode acontecer.



Não vi o jogo do Sporting, pelo que não posso comentar. Contudo, deixo aqui a minha opinião sobre o triste episódio do pénalti falhado pelo Bojinov:

Veio logo à lembrança de todos o caso de Sá Pinto e Liédson, em que o marcador oficial era o luso-brasileiro e o português se apropriou da bola e marcou ele a grande penalidade; o levezinho não festejou. Diferenças para o caso do 7 búlgaro: Sá Pinto concretizou a oportunidade; não era um lance determinate para o desfecho da partida, ao contrário da polémica mais recente; a intenção de Sá Pinto era distinta (para pior).

Assim, o que abona a favor de Bojinov (e denigre a imagem do irreverente Sá Pinto) é a intencionalidade da insubordinação. O português quis para si a responsabilidade de marcar o pénalti pela glória e orgulho pessoais; sempre foi esse o perfil dele. O búlgaro queria empurrar a equipa para a frente, levá-la a vitória, devolvê-la ao trilho dos triunfos; fazer as pazes com os adeptos, assumir-se como aposta importante, ajudar a equipa a reconciliar-se com o público. Quis carregar nos seus ombros o peso do Mundo, assumir-se como o líder que guia a equipa em direcção à luz. Falhou, mas arrependeu-se de imediatoDeve ser sancionado, como é óbvio. Mas também perdoado.

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