domingo, 13 de novembro de 2011

Empatar no Batatal para Ganhar em Portugal

Portugal empatou, mas sonha com o Europeu

Pepe foi o Homem do Jogo

Bósnia Herzegovina - Portugal. Apesar do caudal ofensivo, a Selecção das Quinas acabou por obter um bom resultado em terras bósnias. Pepe, Ronaldo e Coentrão, os destaques. Se jogámos assim fora e com uma horta - perdão, um relvado - daqueles, então podemos fazer um grande resultado na Luz. Força Portugal!

Onze sem surpresas
Os média anunciaram de ante-mão a titularidade de Miguel Veloso no meio-campo, pelo que a sua presença de onze não foi para mim uma surpresa. O que me surpreendeu foi a sua inclusão a médio-defensivo e o adiantamento de Raúl Meireles. Uma boa decisão, sem dúvida. E porquê? Ora, onde o médio do Génova mais rende - e tem feito boas exibições ao serviço dos italianos - é a trinco e o jogador do Chelsea ganhou maior projecção como interior-esquerdo, posição em que joga nos blues e em que jogava no Porto - e em que joga melhor. De facto, ambos fizeram um bom jogo, confirmando a boa aposta do Seleccionador Nacional.
Destaque também para o regresso à boa forma de Moutinho e para o bom registo evidenciado por Bruno Alves, assim como Partício e João Pereira. Para mim, Nani e Postiga estiveram bastante apagados, o que acabou por prejudicar a equipa - o segundo melhor jogador português da actualidade e o ponta-de-lança titular da Selecção decerto fazem falta ao grupo! Contudo, para mim, houve três melhores em campo, precisamente dois que estiveram ausentes na última convocatória.

Real Portugal
Ronaldo é incontornável. Realizou, mais uma vez, uma boa exibição, de trabalho e muito esforço combinados com o seu incrível talento, procurando balancear a equipa para o ataque. Foi ele que acordou a equipa da fase de maior tremideira defensiva, com um slalom que só pecou pelo remate frouxo - a jogada foi exemplar. Por pouco não marcou - a horta traiu-o -, mas merecia pela boa exibição. O relvado não dá grande espaço aos artistas, mas Cristiano Ronaldo contrariou todas as adversidades, respondendo a cada laser, assobiadela e grito por Messi com toques geniais, truques irrepetíveis e arrancadas brilhantes. Em termos ofensivos foi, sem dúvida, o melhor de Portugal.
Fábio Coentrão foi um regresso de peso. As duas exibições de Eliseu nos últimos compromissos de Portugal mostraram quão importante o miúdo das Caxinas é para a equipa. Impecável a defender - só errou uma vez, ao calcular mal a trajectória de uma bola aérea - e perigoso a atacar, demonstrou mais uma vez que é o melhor lateral-esquerdo português da actualidade e talvez até de sempre e sem dúvida um dos melhores do Mundo. A equipa sofre sem ele, sem o seu rigor defensivo e o pendor natural para o ataque, além do entendimento brilhante com Ronaldo. Que não se lesione outra vez.
Pepe foi, juntamente com Coentrão, o regresso mais sonante à Selecção. E provou a sua preponderância para a equipa. Uma muralha autêtica, limpou bola atrás de bola, fosse pelo chão ou pelo ar. Imperial a subir aos céus e portentoso a deslizar no tapete, foi o verdadeiro mestre da defesa portuguesa, assinando uma exibição sem mácula e absolutamente autoritária. É já um dos líderes da equipa e, tendo revelado excelente entendimento com o companheiro do eixo, é a pedra basilar do esquema defensivo das Quinas. Um dos melhores centrais do Mundo e definitivamente o melhor em campo.

A exibição
Foi com prazer assinalável que vi Portugal subir ao campo sem medo das adversidades, demonstrando enorme carácter perante um público difícil - que foi, aos poucos, perdendo a batalha com a Selecção Nacional -, um relvado inaceitável e as provocações infindáveis. Nenhum dos jogadores em risco para o segundo jogo levou amarelo, sendo de assinalar a atitude exemplar de Cristiano Ronaldo, mantendo a calma e cabeça fria e não se deixando levar pelo ambiente sufocante e de pôr os cabelos em pé. Os adversários atiravam-se ao chão e os adeptos massacravam-no, mas o capitão das Quinas manteve-se impassível, rubricando até uma exibição muito positiva. A resposta, essa, ficou-se pelo futebol evidenciado: Ronaldo deu espectáculo com passes artísticos, fintas humilhantes e truques de trocar os olhos aos adversários. Faltou o golo.
Mas Portugal inteiro evidenciou a superioridade. Dzeko foi uma sombra de si mesmo e os defesas bósnios tremiam a cada investida nacional. A toada ofensiva da equipa portuguesa manteve-se até ao fim, embora tenha passado por alguns calafrios. Tal como já traíra Ronaldo no início do segundo tempo, o relvado impediu Ibisevic de festejar o golo. Porém, que fique registado: o primeiro falhanço foi nosso, isto é, se o CR7 tivesse acertado,  a história teria sido bem diferente.
Grande exibição de Portugal (tendo em conta as condições) que faz sonhar zom uma noite de... sonho na Luz. Os adeptos que aprendam a lição com os bósnios e encham o estádio, fazendo juz ao apelido do estádio talismã do nosso ponta-de-lança: o Inferno da Luz. Até lá, bons sonhos.

Homem do Jogo: Pepe


O Comandante chefiou a defesa com primor

Hugo Almeida entrou bem no jogo

Postiga esteve particularmente faltoso

Miguel Veloso justificou a aposta do Seleccionador

João Pereira esteve em bom plano

Ronaldo respondeu aos apupos com magia

O Capitão sofreu bastantes faltas

CR7 fez um jogo bastante bom

Pepe, o Comandante

Veloso e Meireles em destaque

Faltou o golo à Selecção Portuguesa

Pepe voou acima de todos os outros

Postiga esteve perdulário

Moutinho voltou às boas exibições

João Pereira já não tem a sombra de Bosingwa

Hélder Postiga esteve muito ausente

Meireles jogou na sua posição preferida

Almeida ameaça a hegemonia de Postiga

Ronaldo massacrou a defensiva bésnia

Coentrão assinou um grande regresso

Cristiano foi um verdadeiro capitão

Faltou o golo ao líder das Quinas

Amado e odiado, Ronaldo nunca deixa de ser grande

Ronaldo batalhou com os bósnios

O meio-campo esteve coeso...

...algo que faltara nos últimos jogos

Nani esteve muito apagado

As linhas chegadas deram consistência

Cristiano, um grandíssimo jogador

Faltou sorte no remate

Ronaldo empurrou a equipa para o ataque

Um livre em que a bola não desceu a tempo

El Comandante

CR7 nunca desistiu

Ronaldo leva cada vez mais Portugal às costas

Os miúdos: Festival Lusitano
A Selecção de Sub-21 Portuguesa ultrapassou a Moldávia por categóricos 5-0, num jogo em que a primeira parte foi perfeita, com quatro(!) golos e a segunda parte mais frouxa, ainda assim com um golo. O grande destaque foi o jovem avançado benfiquista Nélson Oliveira, com dois golos nos 42 minutos que jogou. Já é tempo de Paulo Bento o chamar à Selecção, nem que seja à experiência. André Martins foi o outro grande destaque do jogo, com influência em três dos quatro golos marcados enquanto esteve em campo. Uma grande promessa para o futuro. 5-0 e as esperanças de marcar presença no Europeu reacendem-se.

Homem do Jogo: Nélson Oliveira

Lusos venceram 5-0 com dois golos deste menino

Saná marcou um dos cinco golos da noite

Nélson Oliveira bisou e foi o Homem do Jogo

Ruu Fonte marcou e foi capitão exemplar

Só faltou o golo: André Martins rubricou uma exibição excepcional
 
Cédric é o futuro lateral-direito do Sporting e de Portugal

Rui Fonte, um líder em campo

É uma festa portuguesa, com certeza

Nélson espreita um lugar nos AA

O grandioso futuro de Portugal


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