segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Partir de Trás, Chegar-se à Frente, Abrandar... e Ganhar

Moutinho e James trouxeram brilhantismo

Benfica marcou cedo e acabou a sofrer

Ricky e Schaars espremeram a laranja

Liga ZON Sagres. O Porto mastiga o jogo durante uma hora interminável, até que aparecem James e Moutinho e a partida torna-se empolgante. O Benfica entra a matar, com dois golos madrugadores (o primeiro aos 25... segundos!). O Sporting faz um jogo abaixo do habitual, sem no entanto deixar de ganhar.

Eles é que são craques!
O jogo era lento e macilento, o FC Porto liderava com um golo caído do céu. Os adeptos estavam descontentes e isso via-se - ou melhor, ouvia-se - com tamanhas assobiadelas que o estádio tremia. Hulk, o bi-Dragão de Ouro, exagerava em lances individuais absolutamente fortuitos e sem qualquer perigo - um jogo muito fraquinho do super-herói. Fintava muito próximo dos seus oponentes, quando é sabido que o seu forte é o drible em progressão rápida, a redondinha driblada para a frente de modo que, usando a sua força hercúlea e a velocidade fenomenal, consiga chegar primeiro que o defesa. Saía-lhe tudo mal e os assobios evidenciavam a insatisfação do público perante as bolas perdidas em catadupa pelo Incrível para os jogadores pacenses. Vítor Pereira apercebeu-se da noite horrível de Hulk e substituiu-o, recebendo aquele que terá sido, porventura, o maior aplauso da sua carreira. Mas o rapaz não gostou nada de ser substituído e assobiado e aí é que ficou mesmo verde: de fúria, saindo disparado para o balneário.
Contudo, o treinador portista não podia ter feito melhor escolha: ao pôr em campo James, Moutinho e Kléber, mal sabia Vítor Pereira que os dois golos seguintes iriam ser fabricados pelos três jogadores. Os primeiros dois trouxeram nova dinâmica e alegria à equipa, contagiando o grupo para uma exibição completamente diferente da vista até aí, plena de garra, vontade e determinação, com o médio português a fazer um golo como ele: guerreiro. Conclusão: estes dois são mesmo insubstituíveis. James Rodríguez e João Moutinho: eles é que são craques!

Chamem-me Flash
Rodrigo é, sem dúvida, a nova coqueluche da Luz. Quando anunciaram o seu nome no onze titular, o estádio entrou em apoteose. E não é que o miúdo respondeu à letra? Com um golo em apenas 25 segundos, o mais rápido do campeonato, e o outro pouco depois, o avançado hispano-brasileiro mostrou que entrou na equipa para ficar... e triunfar. Uma primeira parte entusiasmante das águias, com muita acção e a sufocar o Olhanense, completamente encostado à sua baliza. Nota negativa, porém, para o segundo tempo dos encarnados, que acabaram o jogo a sofrer, após o golo algarvio. Mas Rodrigo gosta dos petiscos do Sul...

Laranjada número 10
Foi a versão mais cinzenta que se viu desde Paços de Ferreira do leão. Não deixou de ganhar, é verdade, mas também não deslumbrou. Bastaram os serviços mínimos para pôr o Sporting em terceiro lugar (em virtude do empate do Braga) e Wolfswinkel como melhor goleador do campeonato,  a par de Baba e Cardozo. Um jogo lento na primeira parte, sem muitas ocasiões de golo, que se animou no regresso dos balneários. Mas foi aí que Henrique decidiu borrar a pintura: em três minutos apenas, deitou por terra quaisquer possibilidades de o Feirense acabar o jogo com um ou mais pontos, que até à altura até merecia. O defesa de 25 anos fez duas faltas quase seguidas sobre Capel, ambas merecedoras de cartão amarela, e foi tomar banho mais cedo. Perante esta vantagem, o Sporting não se fez rogado e partiu em busca da vantagem num jogo que estivera, até então, bastante dividido. Schaars foi o desbloqueador: ganhou o pénalti para o Iceman Wolfswinkel marcar e fez ele próprio, mais tarde, o segundo. No final, vitória justa dos leões, com uma grande exibição do guarda-redes contrário, Paulo Lopes.

Melhor do Benfica: Rodrigo
Melhor do Porto: João Moutinho
Melhor do Sporting: Schaars (com nota muito positiva para Paulo Lopes, o guardião do Feirense)

Moutinho, o melhor do Porto

Rodrigo bisou e foi o melhor do Benfica

Schaars, o melhor do Sporting
James, um dos grandes destaques

Bruno César, sempre decisivo

Uma equipa muito unida
Hulk deixou imagem muito negativa

Gaitán, um poço de talento

Schaars sofreu pénalti e marcou o segundo

Kléber e João Moutinho marcaram


Sem comentários:

Enviar um comentário