segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sub-23: JAMES Rodríguez


Colômbia, 20 anos, FC Porto. Chamam-lhe o James Bond Colombiano. Toque de bola, visão de jogo, magia, finalização, leitura. James tem tudo. A extremo, a 10 ou a segundo avaçado, onde quer que jogue, é um jogador simplesmente fenomenal.

Beijando a redondinha
De cada vez que El Bandido toca a bola, faz-se magia. Nos pés dele, a bola parece ainda mais redonda, mais bela, mais obediente. Veja-se o pormenor na assistência ao golo de Kléber contra o Shakhtar (Liga dos Campeões): com um simples toque, parte os rins ao defesa, a fazer lembrar o golo (mal) anulado de Ronaldo à Espanha. Fintas de todos os tipos e um drible curto e preciso, sem deixar de ser veloz, fazem deste miúdo um verdadeiro prodígio, que já brilha bem alto na quarta melhor equipa do Mundo, com vinte aninhos apenas.

Assistências de varinha
Já foi falada a assistência para Kléber no golo da Champions, mas há muitas mais. Para Otamendi e Walter, contra o V. Setúbal, no ano passado (0-4); contra a Académica, a culminar um ataque rápido, tirou da manga uma assistência fantástica para o golo de Guarín, um passe que demontrou a sua qualidade de endossamento do esférico, visão e leitura de jogo e inteligência.

Jogadas de sonho
James não faz só assistências: também inicia, muitas vezes, as jogadas, sendo exímio a transformar uma jogada normal numa jogada perigosíssima para as redes adversárias. Aberturas fantásticas - p.e.: 1.º golo de Kléber à U. Leiria (2-5), abertura para Álvaro Pereira -, começo das jogadas que dão nos seus próprios golos - 0-2 à Académica (0-3) - e muitos outros ataques que só não dão golo devido à escassa eficácia dos colegas. De notar também a jogada do segundo golo da Colômbia, iniciada por James, golo esse que determinou uma vitória histórica sobre a Bolívia (1-2) a 3500m de altura; foi eleito o melhor em campo numa estreia de sonho pela Selecção Cafetera - só lhe faltou mesmo marcar. De facto, gostaria muito de vê-lo jogar a 10 um dia destes: com as suas qualidades, tenho a certeza de que seria simplesmente genial.

Golos de metralhadora
Os três golos de James ao Vitória de Guimarães para a final da Taça de Portugal ou os dois contra a U. Leiria (2-5), já esta época, dizem bem da capacidade finalizadora do miúdo. Conte-se também o mais belo golo do Porto até agora, contra o V. Setúbal , numa fantástica jogada colectiva com remate final do colombiano. E o quarto golo de James em quatro jogos no Campeonato: a começar a jogada e, depois, a finalizá-la com um golo magnífico, após simulação em frente ao guarda-redes. Por alguma razão lhe chamavam Cristiano Ronaldo Colombiano - agora, tem identidade própria.

Conclusão
James Rodríguez não é um jogador comum. Com uma qualidade muitíssimo acima da média, será, quase de certeza, um dos melhores do mundo dentro de dois ou três anos. Já é dos melhores da nossa Liga, apenas "pecando" pela tenra idade, algo que o prejudicou no jogo com o Feirense, levando-o a receber cartão vermelho e, consequentemente, a falhar o jogo com o Benfica. Contudo, James cresceu desde então e continua a ter licença para matar... jogos. Tem coisas de Ronaldo e de Messi: joga na mesma posição que o português e tem um estilo de jogo parecido com o do CR7, mas o drible curto e as fintas mágicas são de Messi. Dos dois, a capacidade finalizadora e a intensidade com que já brilha com apenas vinte aninhos. Um grande jogador do presente e um dos melhores do mundo do futuro.




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