domingo, 30 de outubro de 2011

Sub-23: Diego CAPEL



Espanha, 23 anos, Sporting CP. Há quem o compare a Futre - El Portugués incluído. Com um ritmo frenético, bola nos pés de anão, cabeça baixa e pinta de miúdo irrequieto, Capel revela uma tremenda facilidade em colorir marcadores, assim como em providenciar as tintas para os outros o fazerem. Já aponta à Selecção Espanhola, e merece: Capel é mesmo um dos melhores da nossa Liga.

É que não pára!
Capel faz lembrar aqueles miúdos traquinas, sempre a fazer asneiras e a pôr as cabeças dos pais em água, "nunca pára quieto!". De facto, o drible curto e que dá, erradamente, a sensação de ser atabalhoado, é um autêntico quebra-cabeças para os defesas contrários, os hipotéticos pais que não sabem como parar esta criança efusiva e hiper-activa, que parece constantemente ligada à corrente. Se Capel fosse o coelhinho das pilhas Duracel, todos acreditávamos: e corre.... corre... corre... Ninguém parece ser capaz de o parar. Ganha sempre a linha de fundo e não há um cruzamento que lhe saia defeituoso. Um virtuoso da bola.

O Senhor Assistências
Já conta inúmeras assistências para golo na Liga e contaria ainda mais, não fosse a azelhice de certos colegas na hora da finalização. Como já foi referido, ganha sempre a linha de fundo, o que contribui, imediatamente, para uma maior probabilidade de os seus passes irem parar ao fundo das redes adversárias. Nenhum oponente é suficientemente grande ou forte para Capel, que consegue sempre escapar-se por entre um mar de pernas, por mais vasto que este seja.

Golos... de cabeça!
Do alto dos seus 1m73, ninguém pensaria que Capel pudesse marcar golos à cabeçada. Mas a verdade é que dois dos seus três tentos na Liga foram em resposta a bolas aéreas. Aconteceram ambos contra o Gil Vicente, em cabeçadas fulgurantes e absolutamente indefensáveis. O outro golo foi a la Futre, aquele com quem o comparam, aquele que via os jogos do Sevilha só para o ver jogar - dança entre os adversários e um remate poderoso e sem quaisquer hipóteses de defesa. Mais virão.

Conclusão
Não há quem o pare. Capel assume-se cada vez mais como um caso sério no futebol português e mundial, sendo já um forte candidato à Selecção Olímpica. Esperemos que continue a deixar o perfume do seu futebol electrizante pelos relvados portugueses por muitos mais anos - significaria que a Liga Portuguesa se tornara uma das melhores do Mundo, capaz de segurar jogadores como esta pequena pérola espanhola. Tem, sem dúvida, coisas de Futre - mas muito mais de si próprio; não se trata de um goleador, mas de um flanqueador, uma faca cortante nos flancos das hostes inimigas. Com vinte e três anos apenas, Capel é um craque do presente... e do futuro.





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